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Incubadoras aperfeiçoam estratégias para atuar com negócios de impacto
Representantes do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) iniciaram, em outubro, a programação de visitas às cinco incubadoras selecionadas na segunda edição do Programa de Incubação e Aceleração de Impacto. O objetivo é acompanhar os primeiros passos da implementação dos planos de ação apresentados pelas incubadoras, participar de ações de sensibilização, aprofundar o relacionamento com os gestores e conhecer os negócios em processo de incubação. Veja a seguir o roteiro das visitas
Região Sul
No dia 4 de outubro, a equipe visitou o Instituto Empresarial de Incubação e Inovação Tecnológica (IEITEC), em Canoas (Rio Grande do Sul), e participou do Workshop Setor 2.5 – Negócios de Impacto Social Ambiental Positivo. Mais de 60 pessoas, entre empresários, empreendedores e representantes de universidades e gestores de incubadoras do estado compartilharam experiências e tiveram a oportunidade de conhecer a temática de negócios de impacto.
Célia Cruz, diretora-executiva do ICE, e Fernanda Bombardi, gerente-executiva, foram as palestrantes do evento ocorrido na sede da incubadora fundada em 1989 pelo SIMECAN – Sindicato das Indústrias Metal-Mecânicas e Eletroeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita. A instituição atua nas áreas de tecnologia da informação, informática, plásticos, telecomunicações, petróleo, gás, naval, eletrotécnica, metalurgia, logística, meio ambiente, biotecnologia, energia, saúde. “Um dos temas em discussão no IEITEC é a necessidade de incluir o apoio da indústria em seu plano de ação, para que ela possa participar do fomento aos negócios de impacto incubados”, afirma Fernanda Bombardi.
Além do workshop, a equipe do ICE participou de uma reunião com integrantes da REGINP – Rede Gaúcha de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos, instituição que promove o crescimento das Incubadoras e dos parques tecnológicos associados, por meio de ações institucionais que fomentem geração de renda, novos produtos, empregos e sustentabilidade econômico-financeira. A programação incluiu ainda visitas a negócios incubados pelo IEITEC.
Região Norte
O Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal do Pará (PIEBT/Universitec/UFPa) e o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), em conjunto, foram as instituições selecionadas pelo Programa de Incubação e Aceleração de Impacto, na Região Norte. Criado em 1995, é uma iniciativa pioneira na Região Amazônica que visa atender demandas locais por serviços especializados na criação e no posicionamento de empresas de base tecnológica no mercado, aproveitando o potencial dos recursos da biodiversidade.
A equipe do ICE participou do workshop Conexões-Novas Narrativas de Negócios, nos dias 17 e 18 de outubro. Mais de 100 pessoas participaram do debate sobre empreendedorismo de impacto. “O mais importante é que 40% do público era de empreendedores que, em geral, não participam de eventos desse tipo”, comenta Fernanda.
Outro aspecto que chamou a atenção da equipe do ICE é que existem inúmeras oportunidades de criação de negócios de impacto na região, a maior parte voltados para a preservação da floresta. “Esse é um tema ainda desconhecido no nosso universo. Temos muito que aprender, como impactar a vida das pessoas, como criar modelos de negócios que ajudem a preservar a floresta em pé. A realidade local é um fator determinante no plano de ação estruturado pelas incubadoras. Na região sul, a questão é incluir a indústria. Na região norte, é a preservação da floresta”, constata Fernanda.
Região Nordeste
A visita à Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Criativos e Inovadores (ITCG), em Campina Grande/Paraíba, foi programada para coincidir com a realização, nos dias 28 e 29 de outubro, da 14ª Feira de Tecnologia de Campina Grande (FETECh).
A FETCh é organizada pela Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (Fundação PaqTcPB) e pela ITCG. Acontece desde 1988 e tem como foco principal a pesquisa e o desenvolvimento, unindo tecnologia a produtos inovadores e investimentos, e busca a promoção do ecossistema empreendedor na Paraíba. “Aproveitamos o evento para conhecer os atores locais e sensibilizá-los para a temática de impacto social. A agenda foi intensa, com cinco palestras sobre temas diferentes”, destaca Fernanda.
“Esse é um mega polo tecnológico, um dos mais avançados na temática de impacto social. A ITCG participou da primeira edição do Programa de I&A de Impacto, em 2015, mas não foi selecionada. O trabalho continuou, a incubadora avançou na consolidação da estratégia e, em 2016, ela foi considerada elegível para o Programa. Além disso, um dos negócios incubados (Sinapse Virtual) foi finalista na chamada ICE – BID”, conta Samir Hamra, analista de programas do ICE.
Outro aspecto significativo é a vocação da incubadora para negócios de impacto na área de educação. “Conversamos com empreendedores de cinco empresas da área de educação que podem ser considerados negócios de impacto e já estão no portfólio da incubadora. Não se trata de um direcionamento estratégico; aconteceu naturalmente em função da percepção dos desafios identificados na área de educação”, explica Fernanda.
A trajetória percorrida trouxe avanços expressivos. “Eles já têm critérios de seleção, de acordo com o potencial de impacto, para os negócios que serão incubados. Já adequaram o processo de incubação para permitir a abordagem de temáticas críticas de negócios de impacto, junto com os negócios incubados. E já desenvolvem várias iniciativas com o objetivo de sensibilizar a sociedade”, conclui Fernanda.