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Comunicação como ferramenta para o avanço do campo de Finanças Sociais e Negócios de Impacto
Em muitos países e no Brasil, é cada vez maior o número de pessoas que compartilham a visão de que negócios podem resolver problemas sociais. Bons exemplos não faltam: empreendedores de negócios de impacto social têm lançado soluções inovadoras; investidores, empresas e instituições aprofundam o olhar sobre as iniciativas e alocam recursos; governos vislumbram a possibilidade de contar com essa frente para enfrentar questões sociais complexas e garantir melhores oportunidades à população. As iniciativas, porém, ainda têm um longo caminho a percorrer para contemplar o enorme desafio proposto: como provocar uma mudança de mentalidade que demonstre que é possível sim gerar impacto positivo na sociedade e ao mesmo tempo ganhar dinheiro?
A comunicação tem um papel fundamental nesse processo. A começar pela conexão entre os inúmeros atores que fazem parte do ecossistema de finanças sociais e negócios de impacto. Bancos, investidores, fundações e institutos, organizações intermediárias como incubadoras e aceleradoras, academia, governos… São diferentes stakeholders, que exigem uma comunicação customizada e integradora, que ajude a mudar o modelo mental sobre como vêm gerenciando recursos e necessidades da sociedade.
Independente de crises e dificuldades no cenário econômico, os recursos existem. Estudo realizado pela Força Tarefa de Finanças Sociais e pela Deloitte, em 2015, revela que os recursos potenciais para finanças sociais no Brasil podem sair do patamar de R$ 13 bilhões, em 2014, para chegar a R$ 50 bilhões ao ano, em 2020; e estudos internacionais realizados pela International Social Impact Investment Taskforce indicam também que este campo pode liberar, no mundo, US$ 1 trilhão até 2020.
Colocar a comunicação a serviço dessa meta tem sido uma preocupação do Global Social Impact Investment Steering Group (GSG), com sede na Inglaterra, que tem como chairman Sir Ronald Cohen. Para o GSG, é cada vez maior, no mundo, o risco de crescimento das desigualdades sociais e econômicas. Problemas complexos podem se tornar imensas oportunidades quando empresas privadas, governo e empreendedores sociais passam a juntar forças e a criar valor para as comunidades e nações. Para isso, é preciso uma mudança de mentalidade que inclua os negócios de impacto em um contexto econômico mais amplo, com um leque maior de produtos e serviços. E é necessário que audiências de todos os tipos, entre elas os Millennials, entendam que papel podem desempenhar e como podem fazer a diferença.
No Brasil, o tema também vem ganhando força. Em 2016, entrou fortemente na pauta da Força Tarefa de Finanças Sociais. No mês de junho, um grupo formado por representantes da mídia, profissionais de comunicação, empreendedores, investidores e outras organizações do ecossistema estarão reunidos em um workshop para construir diretrizes e estratégias que possam direcionar os esforços de comunicação para a temática das Finanças Sociais e Negócios de Impacto. O resultado do trabalho será apresentado no Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto, nos dias 3 e 4 de agosto.
A perspectiva da Força Tarefa é que uma comunicação eficaz ajudará a consolidar uma nova mentalidade e a acelerar o avanço do campo de negócios de impacto, fazendo com que boas iniciativas sejam conhecidas e valorizadas por seus resultados positivos na solução de problemas socioambientais.