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Lab de Inovação realiza Encontro Checkpoint dos Implementadores
A Força Tarefa de Finanças Sociais (FTFS) e a Aoka Labs realizaram dia 13 de setembro, na Deloitte, em São Paulo (SP), o segundo Encontro de Checkpoint dos protótipos que foram concebidos no Lab de Inovação em Finanças Sociais, criado em junho.
Os encontros visam acompanhar os planos de ação dos sete protótipos, que têm o objetivo de avançar a implementação de quatro entre as 15 Recomendações propostas pela FTFS para o campo das finanças sociais e negócios de impacto. São estas as recomendações que inspiraram a criação dos protótipos:
- #Recomendação 1: Investimento de indivíduos de alta renda em produtos de impacto;
- #Recomendação 2: Protagonismo de fundações e institutos na construção do ecossistema de finanças sociais e negócios de impacto;
- #Recomendação 8: Fortalecimento de incubadoras e aceleradoras para qualificar mais negócios de impacto;
- #Recomendação 12: Promoção da cultura de avaliação.
A FTFS usou este momento para atualizar informações sobre o campo, refletir sobre a interação do nosso ecossistema com muitas outras agendas, e conectar os protótipos com outras ações. O processo do Lab de Inovação Social tem como base metodológica a Teoria U, desenvolvida pelo Presencing Institute, fundado pelo professor Otto Scharmer do Massachsetts Institute of Technology (MIT), voltada à resolução de desafios complexos e geração de impacto coletivo, uma referência internacional nessa área.
“Os grupos reuniram uma diversidade de representantes do ecossistemas que atuam em cima de problemas concretos e que, de alguma forma, são complementares. Além de desenvolver os planos de ação para os protótipos, o Lab de Inovação ajuda a todos a observar os desafios de forma sistêmica, criando novas pontes e articulando as agendas”, explica Célia Cruz, do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE).
Estão em desenvolvimento os protótipos Anjos de Impacto, Fundações e Instituições de Impacto, Garantias aos Investidores, Hackers de Impacto, Empáctico, Ponta-a-Ponta e Inovativa Brasil para Negócios de Impacto. A apresentação dos resultados alcançados até final de outubro será realizada no dia 01 de novembro, última etapa do ciclo previsto para 2016. Após esse ciclo a expectativa é que os grupos continuem desenvolvendo as iniciativas e reportando seus avanços para o campo.
Lab de Inovação conta com representantes do ICE, SITAWI, Fundação Telefonica, Sistema B, Cenpec, Instituto Votorantim, BID, Cufa, Aoka, Vox Capital, Ashoka, Deloitte, Instituto Sabin, ISES, Instituto Alana, UBS, MDIC, Instituto Intercement, Kidu, Insper, Oficina Municipal, Sebrae, Imaflora, Fundação Tide Setúbal, LenOorb, Yunus, Caixa Econômica Federal, Din4mo, Itaú, Anjos do Brasil, Moradigna, Artemisia, GPLeal Holding, Derraik & Menezes, ANDE, JP Morgan, 4Change, Cies Global, WTT Ventures, BMS Foundation, Anprotec, Kalo Taxidi e Aoka Labs.
Atualização e ativação do Ecossistema
A agenda do encontro incluiu participações de Ana Flávia Castro, do Instituto Inspirare, e de Lucas Ramalho Maciel, da Secretaria de Inovação e Novos Negócios do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) como forma de ampliar o olhar de sinergia deste grupo e do ecossistema de finanças sociais com outras agendas, como a agenda da educação e com a agenda do governo federal.
Ana Flávia falou sobre o trabalho do Inspirare, instituição que desenvolve agenda ligada à educação e inovação, incentiva a geração de soluções educacionais inovadoras por meio do portal Porvir e a conexão entre empreendedores e educadores com a plataforma APREENDER. “Os processos de colaboração são a base do Inspirare. Nós apoiamos a incorporação de soluções que são voltadas para a rede pública e para a população de baixa renda, em especial nos municípios de São Miguel dos Campos (AL) e no bairro do Rio Vermelho, em Salvador (BA).”, explicou Ana Flávia.
O representante do MDIC explicou a participação do governo federal na frente de negócios de impacto e celebrou o acordo de cooperação firmado entre a Força Tarefa de Finanças Sociais e o ministério durante a realização do Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto 2016, em agosto, em São Paulo (SP). Apontou também os grandes desafios do MDIC. “Estamos trabalhando na regulação (normas e leis) para incrementar a agenda de negócios e finanças de impacto, etapa que envolve diversos setores do governo federal. Temos um longo caminho a percorrer na frente de compras públicas e já iniciamos o diálogo com o Ministério do Planejamento. Precisamos ainda fomentar a parceria com bancos públicos, como Caixa Econômica Federal (CEF), para estimular o uso de fundos sociais em negócios de impacto. Desde 2013, o ministério desenvolve o programa Inovativa de Impacto, que apoia startups, realiza capacitação e faz elo com investidores. A ideia é aproveitar a metodologia para estimular o aparecimento de empreendimentos de impacto”, afirmou Maciel.
Avanço dos protótipos
Veja como está a evolução de cada protótipo
Anjos de Impacto
Trazer mais recursos financeiros para o campo e conectar o investimento anjo a Negócios e Fundos de Investimento de Impacto são os desafios do protótipo Anjos de Impacto. O plano de ação prevê articular, mobilizar, sensibilizar e disseminar conteúdos e oportunidades de negócios para que investidores tradicionais – em especial os de alta renda – tornem-se investidores anjos de Negócios de Impacto. Além do aprimoramento e da adaptação de conteúdos para os diferentes públicos, estão programados dois eventos com a rede da Anjos do Brasil (20/10) e com o MDIC (05/12) para divulgar as oportunidades de investimentos de impacto. Estão em contato com os grupos Garantias aos Investidores e Inovativa e organizando um road show com family offices.
Institutos e Fundações de Impacto
O grupo mobilizou 12 fundações, institutos corporativos além de outras organizações relevantes nesta agenda. Os participantes buscarão conhecer mais sobre diferentes mecanismos de investimento de impacto, além de aprofundarem no co-aprendizado e co-investimento. Como marcos, o grupo já tem planejado um workshop para os dias 26, 27 e 28 de outubro, que reunirá os participantes do Protótipo. O desafio é aprofundar o entendimento e a prática das fundações e institutos (empresariais, familiares e independentes) no campo de finanças sociais e negócios de impacto, tendo como meta a realização de um investimento conjunto para realização de pilotos de doações e investimentos na área, que deverá ser lançado em 2017 e sistematizar este aprendizado para disseminação.
Garantias aos investidores
O protótipo Garantias aos Investidores tem o desafio de entender os obstáculos para fazer investimento de impacto considerando os diferentes perfis de investidores. Entre as prioridades iniciais, o grupo avançou com o desenvolvimento de um parecer jurídico sobre fundações e associações investirem em negócios de impacto. O grupo está organizando reuniões com curadores de Fundações e uma cartilha para ser distribuída no ecossistema com orientações de como investir sem gerar risco ao patrimônio. Em breve avançarão nos estudos sobre proteção ao investidor anjo, focando na análise de legislações.
Hackers de Impacto
A ideia inicial era a criação de um site que reunisse as informações estratégicas sobre o campo de Finanças Sociais e Negócios de Impacto para ficar à disposição de interessados, com acesso fácil e orientação de busca. Com a ajuda da Caixa, a plataforma será alocada no sistema da instituição que oferece uma ferramenta mais inteligente e robusta, com capacidade de fazer a conexão entre todos os atores do ecossistema e ser colaborativa. O grupo trabalha no projeto, reunindo informações e buscando curadores. A previsão é apresentar em novembro um protótipo inicial.
Ponta-a-Ponta
O grupo está redesenhando a proposta em função da curva de aprendizado. O desafio do Ponta-a-Ponta é identificar empreendedores com atuação em território de baixa renda e conectá-los aos empreendedores e investidores. Depois de ir a campo para avaliar se a proposta faria sentido, o grupo está analisando novos formatos, envolvendo startups e empreendedores. O primeiro passo será realizar um evento pequeno, de caráter experimental.
Empáctico
O protótipo Empáctico propôs desenvolver um conjunto de métricas de impacto socioambiental simples e acessível para os negócios que tenham foco nos produtos e serviços para a base da pirâmide tendo como base a metodologia do B Impact Assesment, do Sistema B. O custo do projeto foi orçado (três cotas de R$ 50 mil) e a expectativa é concluir a captação até 1º de novembro. Já foi definido o perfil do especialista que vai fazer a gestão do projeto que terá a coordenação do Sistema B.
Inovativa Brasil para Negócios de Impacto
A metodologia do Programa Inovativa Brasil que capacita, conecta e apoia empreendedores, desenvolvida pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, executado pela Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI) e com os parceiros estratégicos SEBRAE e SENAI será adaptada para este protótipo, que tem a meta de captar e apoiar negócios de impacto. O plano de ação definido prevê a entrega de uma base de mentores consolidada para avaliar empreendimentos de impacto e a elaboração de vídeos de cases nacionais e internacionais. A meta é reunir um grupo pequeno – cerca de 20 startups com perfil de negócio de impacto – para apresentar a investidores. O primeiro bootcamp deve acontecer no início de dezembro.
Para reforçar a integração de agendas, os participantes também relataram iniciativas que vêm sendo conduzidas em suas organizações.
O Fundo Zona Leste Sustentável, da Fundação Tide Setúbal, está desenvolvendo em parceria com o projeto da disciplina NIS (Negócio com Impacto Social), da FGV, e um projeto que estabelece apoio a agricultores da zona leste com participação direta de alunos da graduação. Na WTT Ventures, há novas frentes em andamento como o projeto-piloto com investidor novo, em Caucaia (SP), que desenvolve sistema de tratamento de água. Busca método de avaliação de impacto e prevê a criação de uma fundação envolvendo ITA, Poli, IME e Brasil Júnior na área de saneamento.
A ANDE, por sua vez, relatou que após lançar o Mapeamento de Investimento de Impacto na América Latina, desenvolve um levantamento de aceleradoras e incubadoras. A meta é comparar dados do Brasil e globais. Já a Fundação Telefonica atua na segunda rodada de projeto-piloto que visa a formação de empreendedores entre jovens de periferia, com baixa renda e acesso limitado a serviços, para negócios de impacto. Depois de São Paulo, Vale do Jequitinhonha e Santarém, a iniciativa está se expandindo para Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro. A meta é fazer pontes com outras incubadoras e aceleradoras.
O GIFE pretende desenvolver um guia sobre a atuação de Fundações e Institutos na Agenda de Negócios e solicitou ajuda da FTFS para o conteúdo. A Vox Capital apresentou a criação de um comitê sobre investimento de impacto na Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e o treinamento recém-lançado sobre investimentos de impacto para private bankers. São oito módulos com vídeos de sete minutos, com links para se aprofundar nos temas. Interessados podem solicitar e, depois, dar feedback.
O Sistema B comentou sobre a realização de estudo que faz comparação entre indicadores Dow Jones/ISE/ODS/Sistema B e as sugestões elaboradas pelo Grupo Jurídico B, que foram encaminhadas para a formulação do Índice Novo Mercado de Impacto. O ICE falou sobre o Programa Academia, que agora conta com 45 novos professores de 9 estados, que estarão levando o tema para sala de aula, elaborando cases e pesquisas para serem compartilhados. Anunciou também a segunda chamada para o Programa de Incubação e Aceleração de Impacto, em outubro.