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Cresce a conexão entre investimento-anjo e negócios de impacto
Os avanços do protótipo Anjos de Impacto foram apresentados na reunião final do Lab de Inovação em Finanças Sociais, realizada em 1º de novembro, iniciativa que tem a coordenação da Força Tarefa de Finanças Sociais (FTFS) em parceria com a Aoka Labs. Um dos desafios do protótipo era sensibilizar investidores tradicionais – em especial os de alta renda – para se tornarem investidores-anjo de negócios de impacto.
Entre as ações programadas pelo grupo estava a apresentação do tema negócios de impacto aos investidores da rede Anjos do Brasil, como ocorreu em outubro, na reunião mensal da organização. “O interesse é cada vez maior, assim como o entendimento sobre a importância do tema, o impacto social e o retorno financeiro do investimento”, explica Maria Rita Spina Bueno, diretora executiva da Anjos do Brasil.
O trabalho continua e outras ações em parceria com a rede do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e outras organizações estão programadas. Além de Maria Rita, o grupo Anjos de Impacto contou com a participação de Leno Silva (LENOorb), Maure Pessanha (Artemisia), Rodrigo Britto (WTT Ventures) e Beto Scretas(ICE).
O processo do Lab de Inovação Social tem como base metodológica a Teoria U, voltada à resolução de desafios complexos e geração de impacto coletivo, uma referência internacional nessa área. “O papel do Lab foi fundamental. A equipe absorveu a tecnologia e adquiriu uma maior conscientização e conhecimento sobre o tema negócios de impacto”, esclarece Maria Rita.
Outro avanço comemorado pelo grupo foi a mudança regulatória, concretizada pela Lei Complementar 155/2016, que define a estrutura do investimento-anjo e dá segurança jurídica para essa modalidade de aporte de capital. “Essa é uma resposta positiva a uma das maiores dificuldades encontradas por investidores-anjo, que, por investirem em empresas nascentes, correm um alto risco de perda do capital investido e o risco adicional de serem penalizados por eventos de desconsideração de personalidade jurídica. Portanto, esta lei possibilita incentivos fiscais ao investimento-anjo, para que esta atividade ajude a criar mais chances de sucesso para empresas inovadoras, uma das melhores fontes de desenvolvimento para os países”, explica Maria Rita.
Esse trabalho envolveu representantes de várias entidades do ecossistema de inovação brasileiro: do Sebrae, do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), da ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital), da ABRAII (Associação Brasileira de Empresas Aceleradoras de Inovação e Investimento), da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), do Conaje (Confederação Nacional dos Jovens Empresários) e do Dínamo (Movimento de Articulação para Políticas Públicas). O projeto de lei teve contribuição fundamental do deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ), membro da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e autor da emenda que cria a figura do investidor-anjo.