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Associados da Nova geração integram o Conselho Deliberativo do ICE
A assembleia anual do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), realizada no dia 6 de dezembro, formalizou a entrada de quatro novos integrantes do Conselho Deliberativo. É uma nova geração que traz seu dinamismo, sua experiência e novos conceitos de mercado para somar forças e contribuir com o esforço de articulação do campo de finanças sociais e negócios de impacto no Brasil.
Andrea Masagão Moufarrege, Bernardo dos Guimarães Bonjean, Dario Guarita Neto e Luiza de Camargo Nascimento são profissionais atuantes que têm ligações com o ecossistema de finanças sociais e negócios de impacto e, como associados, já conhecem o trabalho do ICE.
Veja a seguir o perfil e o depoimento de cada um deles.
Andrea Masagão Moufarrege
Economista de formação, Andrea atua no mercado financeiro há 20 anos. A questão social está no seu sangue porque sua família é fundadora de um projeto social, o Projeto Arrastão, iniciativa que mobiliza cerca de 1.500 famílias e suas crianças no bairro do Campo Limpo (São Paulo/SP). Além disso, ela acompanha o trabalho do pai Luiz Masagão Ribeiro, um dos fundadores do ICE, onde atua como associada há dois anos.
“No meu trabalho, procuro direcionar o capital para empresas e fundos que têm políticas para investir em projetos que têm um impacto social ou ambiental positivo. Procuro unir essas duas frentes: o acesso que eu tenho como profissional e a causa que o ICE ajuda a promover. Ações diretas como a do Projeto Arrastão são importantes, mas precisamos de articuladores como o ICE para alavancar o escopo e atingir muito mais gente. São formas de atuação diferentes”, comenta Andrea.
Andrea trabalha na área de Private Bank do Itaú e, nos últimos meses, empenhou-se em mobilizar o banco internamente em torno do tema investimento de impacto. “O Itaú é uma corporação com valores e missão bastante semelhantes aos propósitos do ICE, mas que ainda não estava vinculada ao desenvolvimento desse mercado de investimentos de impacto. Conseguimos desenvolver um projeto em conjunto com o ICE e aprovar um acordo que destinará recursos para as ações da Força Tarefa de Finanças Sociais (FTFS)”, destaca Andrea.
Bernardo Bonjean
Como associado ativo do ICE, Bernardo Bonjean recebeu com satisfação o convite para integrar o Conselho Deliberativo do ICE. “Acho que o importante é prestar atenção no que pessoa faz e não no que ela fala. Meu trabalho chamou a atenção do ICE e eu espero poder colaborar com a sua missão. Para ser eficiente, um conselho precisa de pessoas engajadas para valer”, comenta.
Em busca de um sentido para o próprio trabalho e de uma motivação maior do que apenas ganhar dinheiro, Bernardo Bonjean abandonou o mercado financeiro e resolveu fazer uma imersão no terceiro setor e um curso de empreendedorismo na universidade Harvard. “O mercado financeiro cria muito valor para o acionista, mas pouco valor para a sociedade. Vi que dava para fazer os dois”. Foi com esse propósito que Bonjean descobriu um mundo de milhões de consumidores potenciais e de microempreendedores que precisavam de crédito e de educação financeira.
“Agora no ICE minha meta é ajudar a articular líderes que atuem como transformadores. Essa é a minha expectativa”.
Dario Guarita Neto
“Meu padrinho, Tito Enrique da Silva Neto, é um dos fundadores do ICE. Conheço Renata, Luiza e Célia e gosto muito do trabalho delas. Pertenço a uma família que investe no Brasil há 150 anos e que viveu um longo período de transformação do país. Acredito que as empresas são a maior ferramenta de transformação social. O governo tem um papel relevante, as organizações não governamentais têm o seu espaço, mas a minha crença está na empresa como instituição. Acredito que vivemos uma mudança no modelo de gestão, em que só sobreviverá a empresa que estiver muito alinhada a uma sociedade e a um consumidor preocupado com a sua qualidade de vida. Coisa que na geração do meu avô era impensável, na dos meus pais era para os finais de semana, na minha geração ainda temos muita culpa em defender a qualidade de vida, mas está se tornando um valor fundamental. A forma do consumidor se manifestar será por meio do consumo”, afirma Dario.
Por isso, Dario acredita que as empresas que não estiverem conectadas com uma a preocupação de uma sociedade mais justa e equilibrada, que não puderem explicar de onde vêm os produtos que vendem e que não consigam dizer que estão causando um impacto positivo não apenas para o acionista, mas para o consumidor, perderão espaço rapidamente. “Essa sintonia é o que me move. O ICE tem o papel de apoiar essa dinâmica, de reconhecer esse momento que o país está vivendo e de apoiar esses novos empreendedores. Minha expectativa com o ICE é que possamos trabalhar forte nesse processo de construção da cidadania empresarial”, explica Dario.
Luiza Nascimento
Desde menina, Luiza acompanha a atuação da mãe, Renata Camargo, no Terceiro Setor, à frente da Obra do Berço e mais tarde, no Projeto Casulo. Formada em Administração, com especialização em Marketing, adquiriu uma visão positiva desse tipo de trabalho que transforma as comunidades carentes e faz a diferença na vida das pessoas que nelas vivem.
“Isso foi o que mais me incentivou a trabalhar na área social. Eu via como minha mãe levava a sério esse trabalho e como ele influenciava a vida das pessoas. Na Obra do Berço, eu via a felicidade das mães e das crianças e comecei a entender porque afinal ela fazia isso. Com o tempo, fui amadurecendo essa ideia e a vida acabou me levando para esse lado que sempre me deu mais satisfação e estava alinhado aos meus valores. Comecei a trabalhar no ICE em 2011. É uma instituição inovadora, à frente do seu tempo. Trouxe para o Terceiro Setor uma ferramenta decisiva. A instituição foi pioneira ao iniciar o trabalho em desenvolvimento comunitário, instigando os empresários a abrirem seus próprios institutos e fundações, a verem o investimento social de uma forma estratégica.
Estou muito motivada pelo trabalho no ICE, pelo seu potencial de transformação e pela capilaridade que a organização conquistou, integrando diferentes atores e criando pontes. A minha expectativa é poder retribuir um pouco, porque o ICE fez parte da minha formação como pessoa. Acredito que com essa nova composição do Conselho, a dinâmica vai ser um pouco diferente. A interação de pessoas de diferentes gerações e experiências tão diversificadas com a dos fundadores que detêm a memória institucional do ICE representará uma nova fase da instituição”, aposta Luiza.