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A Banca realiza 1° Fórum de Negócios de Impacto Periférico
Promover o debate sobre negócios de impacto na periferia é uma das frentes de atuação da A Banca, produtora cultural social da quebrada, referência nacional em empreendedorismo no Brasil. Com o Projeto NIP – Negócios de Impacto Periférico, a organização tem o objetivo de fomentar projetos, ongs, coletivos e negócios de periferia a gerarem impacto financeiro, social e ambiental positivo na base da pirâmide. Dois seminários – o primeiro realizado em março e o segundo programado para o dia 28 de abril – abrem espaço para o 1º Fórum NIP – Negócios de Impacto Periférico, agendado para o dia 26 de maio.
O Fórum terá um dia inteiro de apresentações e reflexões e já conta com apoio do ICE e de outros parceiros. Mais 20 palestrantes convidados já foram confirmados (veja agenda do fórum abaixo). Os encontros se realizam no salão da Paróquia Santos Mártires, rua Luiz Baldinato 9, no Jardim Ângela, bairro de São Paulo que também abriga a sede da organização.
A Banca foi formada em 2000 como movimento juvenil e se institucionalizou em 2008 com o objetivo de realizar eventos, desenvolver a música e a cultura Hip Hop como ferramentas de inclusão cultural, social e econômica dos moradores de comunidades e de jovens em situação de vulnerabilidade social.
Além do NIP, um movimento aberto à participação da periferia, a organização A Banca realiza vivências de cultura urbana, oficinas de hip hop em escolas, produção de conteúdo sobre empreendedorismo para o YouTube, mantém um estúdio para músicos independentes e produz eventos mensais e anuais. O Arena da Arenga é um evento mensal que traz uma variedade de atividades para a juventude, como apresentação musical de bandas independentes, “batalha” de MCs e venda de produtos de empreendedores. Já o evento anual de Hip Hop, projeto Praça Pólos da Paz, tem como objetivo ocupar e valorizar o espaço público trazendo a comunidade local para que ela se sinta protagonista de ocupação.
“Tem muita coisa acontecendo na quebrada. O NIP é a oportunidade de entender as demandas da quebrada e de fomentar projetos capazes de gerar impacto positivo na base da pirâmide. Nós, de A Banca, já percorremos um longo caminho e queremos compartilhar nossa experiência e conhecimento. Atendemos demandas espontâneas: como atuar, como sobreviver na crise, como se posicionar com estratégia no mercado sem perder o propósito, como vender uma oficina. Hoje, nós nos relacionamos com quem tem muita grana e com quem não tem nada. Temos mais ferramentas”, afirma Marcelo Rocha, o DJ Bola, um dos fundadores de A Banca.
A trajetória de A Banca contou com o apoio institucional do Instituto Sou da Paz e de aceleradoras como a Artemisia, Quintessa, NESsT e Instituto Papel Solidário. Em 2015, produziu um megaevento de Hip Hop com bandas locais, projeto aprovado na Lei Rouanet.
“A Banca surgiu para sobreviver à realidade da violência. O Hip Hop é uma tecnologia social que vem dessa base. Eu era um motoboy e nos reuníamos na garagem da casa dos meus pais. Hoje somos uma OSCIP e temos um escritório.
Há 15 anos atrás, conseguimos virar a chave e aprendemos a colocar preço nos nossos produtos. O que importa é ser o protagonista na quebrada e saber articular. Não depender de somente de filantropia, doação ou boa vontade”, explica DJ Bola.
No primeiro seminário realizado no dia 31 de março, os palestrantes convidados abordaram esses temas. Gilberto Ribeiro, da VOX Capital, falou sobre a dificuldade de investir na base para que os negócios se tornem realidade. Alânia Cerqueira, educadora, produtora cultural e fundadora do Macambira Sociocultural, fez uma apresentação sobre como um projeto de periferia pode se tornar um empreendimento. O segundo seminário, a ser realizado no dia 28 de abril, terá as participações do professor Edgar Barki e da Artemisia. Celia Cruz, diretora executiva do ICE, já confirmou presença no Fórum NIP, em maio.
A sustentabilidade das ações sociais de A Banca depende da arrecadação de fundos e da prestação de serviços que atendem a missão e os princípios da organização. Para participar do crowdfunding, clique aqui.