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Força Tarefa dá boas-vindas a novas integrantes
Duas mulheres, com perfis diferentes, aceitaram o convite da Força Tarefa de Finanças Sociais (FTFS) e passam a fazer parte da sua Governança, como membros da Instância Deliberativa. São elas Alice Freitas, cofundadora da Rede Asta, e Heloisa Menezes, diretora técnica do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
A advogada de formação e empreendedora Alice Freitas está à frente da Rede Asta, negócio social que trabalha com associações, cooperativas e grupos produtivos formados majoritariamente por mulheres. Atualmente conta com 51 grupos que envolvem 700 artesãs – 90% delas são mulheres com renda que varia de um a dois salários mínimos.
O objetivo da organização é o fortalecimento de empreendimentos produtivos da base da pirâmide pelo acesso a mercados, conhecimentos e criação de redes, com vistas a contribuir para a diminuição da desigualdade social. Essa é a experiência que Alice Freitas traz para a FTFS.
Heloisa Menezes, diretor técnica do Sebrae, é graduada em Economia pela PUC Minas e mestre em Desenvolvimento Agrícola pelo CPDA/UFRRJ. Enquanto secretária do Desenvolvimento da Produção, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2011-2014), coordenou a Política Industrial do Governo Federal – Plano Brasil Maior; o Conselho de Competitividade de Petróleo, Gás & Naval e o Inovar Auto, política automotiva brasileira. Possui mais de 20 anos de experiência em projetos de política industrial, inovação e tecnologia.
Confira abaixo a entrevista de Heloisa Menezes ao ICE Notícias:
O Sebrae já tem uma agenda conjunta com a Força Tarefa e o ICE. De que forma a participação do Sebrae no conselho da Força Tarefa pode fortalecer o trabalho que essas organizações desenvolvem?
O Sebrae e o ICE são parceiros em projetos estratégicos e enriquecedores para o empreendedor de impacto social e para as incubadoras e aceleradoras, demonstrando nosso amplo interesse e apoio à agenda dos negócios de impacto social e ambiental, que cresce a cada dia no Brasil. A participação do Sebrae como membro da Força Tarefa demonstra o nosso engajamento como agente fomentador e de agregação de valor junto com outros representantes desse ecossistema. Temos a função de ser um importante elo nacional nas ações de capacitação, desenvolvimento de mercados e acesso à inovação, tecnologia e sustentabilidade para os pequenos negócios inclusivos e de impacto social.
Qual é a agenda que o Sebrae busca desenvolver no ecossistema de negócios e finanças de impacto?
Nossa agenda está comprometida com o fortalecimento dos pequenos negócios inclusivos e de impacto social e ambiental, nas frentes em que somos catalisadores dessa liderança, como mencionei anteriormente. Além dos seminários regionais do Projeto Incluir, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), da ONU, previstos para acontecer no Sudeste e Nordeste no segundo semestre deste ano, pretendemos realizar um seminário direcionado a esse ecossistema, para promover trocas e apresentações de melhores práticas entre os atores intermediários e reflexões para trabalhos coletivos, objetivando fortalecer a atuação integrada e de forma colaborativa junto aos empreendedores. No campo das finanças, aprovamos recentemente o aporte de recursos do Sebrae (R$ 45 milhões) em fundos que invistam em startups inovadoras, e a área dos negócios de impacto é uma das propensas a serem contempladas.
Como você recebeu o convite para participar da Força Tarefa?
Para o Sebrae, é importante participar dessa iniciativa devido à forte presença de pequenos negócios nesse ecossistema com potencial de crescimento e capacidade de transformar realidades. É uma oportunidade de aprendizado e troca de experiências, frente a propósitos muito nobres, em que podemos contribuir de forma efetiva para a agenda dos negócios inclusivos e de impacto social e ambiental.
Qual é a expectativa do Sebrae em relação a essa nova frente de atuação?
O tema é estratégico para o Sebrae, que adotou os negócios de impacto social e ambiental como um macrossegmento temático em nosso planejamento até 2018. Até lá, temos um horizonte de 11 projetos pactuados em vários estados, além de nossa parceria com o Pnud, ICE e Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e acesso a investimentos, por meio de alianças específicas. Pretendemos também capacitar internamente interlocutores nessa temática nas 27 unidades federativas, para gerarem planos de ações estaduais. Estes vão prever ações de impacto social e ambiental junto aos projetos setoriais das diversas cadeias produtivas e do nosso Programa Nacional do Encadeamento Produtivo. Portanto, nossa expectativa é de adensar os casos de sucesso em negócios de impacto social e ambiental, bem como disponibilizar maior acesso a informações, orientações técnicas e apoio a investimento, junto ao público de empresários e potenciais empreendedores.
De que forma pretende contribuir?
O Sebrae pretende contribuir no fortalecimento desse campo com a inclusão dos negócios de impacto social e ambiental na economia do país, por meio de modelos inovadores, que inserem as classes de menor renda nas cadeias de valor setoriais e, ao mesmo tempo, geram lucros.