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Peter Diamandis debate como tecnologias exponenciais podem resolver os grandes desafios globais
“O mundo está mudando devido às tecnologias que criamos. Temos melhor capacidade de comunicação, poder computacional, ferramentas no campo da biologia, inteligência artificial, robótica. Antes, apenas grandes corporações e governos poderiam solucionar problemas. Hoje, indivíduos têm esse poder. E é isso o que empreendedores fazem”.
Essa foi uma das provocações de Peter Diamandis, cofundador e reitor da Singularity University, na palestra “The Impact of Exponential Technologies”, realizada pelo Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), no dia 28 de junho, em São Paulo.
A Singularity University é uma instituição do Vale do Silício mantida em parceria com Nasa, Google, Autodesk e Nokia, que tem se dedicado a buscar soluções exponenciais para problemas globais que afetam bilhões de pessoas, em especial as populações de baixa renda.
Ao apresentar o evento, Renata de Camargo Nascimento, presidente executiva do ICE, destacou o papel inspirador do palestrante e a contribuição transformadora da Singularity. “Peter Diamandis aceitou nosso convite para compartilhar a visão de transformação social disruptiva que a Singularity vem construindo com parceiros notáveis. Precisamos pensar em soluções transformadoras para o nosso país, que tem grandes desafios sociais e ambientais. O ICE reúne empresários, investidores e filantropos, que trabalham de forma colaborativa para desenvolver um ecossistema de negócios de impacto. Devemos apoiar o uso dessas novas soluções que têm o potencial de ganhar força e escala para melhorar a vida de milhares de pessoas. Esse é um movimento sem volta. Podemos realmente inovar no jeito de empreender, de investir e de doar. E pensar qual deve ser o nosso papel na construção de uma agenda de transformação no Brasil”, disse Renata.
Já Luiza Nascimento, associada do ICE, reforçou “O uso de novas tecnologias e a conectividade que temos hoje devido à internet nos coloca num lugar único com uma oportunidade histórica. O uso de tecnologias exponenciais nos dá pela primeira vez na história a possibilidade de resolver grandes problemas globais nos próximos vinte anos”.
Otimista, Peter Diamandis fez uma análise positiva do mundo atual, demonstrando os avanços dos padrões em termos de alimentação, saúde, comunicação, custo da energia, trabalho e outros. “Essa evolução foi possível graças às tecnologias disruptivas, que tornam os produtos baratos e acessíveis. Foi assim que empresas como a Kodak e a Blockbuster quebraram. Não resistiram às inovações trazidas pelo Instagram e pela Netflix. Hoje, um smartphone conta com aplicativos, a maioria grátis, que colocam o mundo na mão de qualquer pessoa”, comentou Diamandis.
Esse é o esquema (framework) criado por Diamandis, os 6 Ds, que traçam o caminho do linear para o exponencial: Digitalização, Dissimulação, Disrupção, Desmaterialização, Desmonetização e, por fim, a Democratização. “O futuro será da inteligência artificial, robótica, sensores, realidade aumentada, sensores biométricos e de rede, carro autônomo…e o que mais surgir. Em sete anos, serão 8 bilhões de pessoas conectadas e cerca de 5 bilhões de mentes novas, pelo mundo todo, com conhecimento ilimitado criando, inventando, descobrindo e contribuindo com suas ideias”, afirma Diamandis.
Nesse cenário, a responsabilidade do executivo, do investidor e do filantropo é enorme. “Ele precisa entender o que está sendo gestado no laboratório, absorver o que pode fazer com o novo, entender a disrupção. Essencialmente precisa ter confiança no futuro, não temer o futuro. A mudança está em tudo. O capital é importante, mas é o indivíduo que vai mudar o mundo para melhor”, alertou.
A Singularity apoia vários projetos de impacto com o XPrize Foundation e desenvolve programas de capacitação como The Graduate Studies Program (GSP) e The Executive Program (EP).
Os participantes foram convidados a participar de um workshop no formato pocket, para vivenciar uma experiência disruptiva da metodologia aplicada pela Singularity para transformar o modelo mental. O workshop foi conduzido por Luiza Barguil e Anielle Guedes, empreendedoras e ex-alunas da Singularity.