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Festival blastU abre espaço para temática de negócios de impacto
São Paulo recebeu nos dias 16 e 17 de outubro, no Pavilhão da Bienal, o blastU, primeiro festival de empreendedorismo e tecnologia do Brasil, iniciativa que teve o objetivo de potencializar as conexões entre empreendedores, startups, investidores e corporações.
Além de apresentar tendências em inovação e avanços tecnológicos, por meio de palestras, workshops, mentorias, debates, meetings, trade shows e lançamentos, o festival abriu espaço para a temática de negócios de impacto.
O Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) marcou presença com um estande que reuniu empreendedores dos negócios selecionados na Chamada ICE-BID e organizações parceiras. “Todos tiveram a oportunidade de ampliar suas redes de relacionamento e de interagir com os participantes”, explica Diogo Quitério, gestor de programas do ICE.
O ICE promoveu também o painel “A jornada do empreendedor de impacto”, com três apresentações que demonstraram como a energia empreendedora e os recursos intelectuais e financeiros de rede podem ser utilizados para pensar em soluções que melhorem a qualidade de vida de populações de menor renda.
A primeira apresentação foi da empreendedora Danielle Brants, da Guten, que falou sobre o que a motivou a empreender e porque, na sua percepção, a solução de impacto que a sua empresa desenvolveu a diferencia de outros empreendedores. Na sequência, Carolina Aranha, da Pipe Social, fez um breve relato dos resultados do primeiro Mapa de Negócios de Impacto no Brasil, pontuando as áreas temáticas que os empreendedores mais buscam e que tipo de apoio eles mais precisam. Explicou que a Guten não representa um caso isolado, já que vários negócios de impacto resultaram em soluções qualificadas e modelos de negócio bem-sucedidos, e fez uma leitura importante sobre o baixo uso das tecnologias disruptivas, como nanotecnologia, biomedicina e robótica, entre outras, para efetivamente melhorar o mundo. “No Brasil, os empreendedores não têm se apropriado dessas tecnologias para oferecer soluções de mercado para populações carentes, ao contrário do que acontece em polos de empreendedores de outros países em que as startups têm como base as tecnologias disruptivas para desenvolver soluções”, destacou Carolina.
Maure Pessanha, da Artemisia, apresentou a história da aceleradora e analisou a evolução e o amadurecimento dos empreendedores sociais ao longo dos últimos 10 anos. Ela chamou a atenção para o fato de que há empreendedores que não se consideram empreendedores de impacto, mas que oferecem soluções de impacto. E que há empreendedores com ótimas soluções de impacto, mas que precisam fortalecer seus modelos de negócio. “O ecossistema precisa de intermediários fortes que ajudem esses empreendedores a alavancar suas ideias, qualificar seus negócios, captar recursos semente e fazer avaliação do impacto”, afirmou Maure.
Como moderador do painel, Diogo Quitério falou do papel da Força Tarefa de Finanças Sociais, das 15 Recomendações para o campo e do quanto é importante se aproximar de outros ecossistemas que também estão conversando sobre empreendedorismo para disseminar a temática de negócios de impacto e finanças sociais. “Houve muito interesse, muitos participantes nos procuraram para saber mais sobre negócios de impacto e sobre oportunidades de investimento. Foi um convite para olhar o universo dos empreendedores com a responsabilidade de buscar soluções que resolvam problemas sociais e ambientais”, ressaltou Diogo.
Clima de comunidade
O blastU é inspirado no renomado South by Southwest (SXSW), evento de cinema, música e tecnologia que acontece anualmente em Austin (Texas), reunindo artistas, empreendedores e curiosos de todas as áreas, interessados em tendências e em insights para aplicar aos seus negócios ou vida pessoal. Foi na edição de 2007, por exemplo, que o Twitter foi lançado.
O blastU brasileiro foi organizado para potencializar conexões entre empreendedores, empresas, mentores, investidores e organizações. “Foi uma oportunidade de promover a atualização do cérebro, com workshops, palestras e mentorias sobre tendências em inovação, comportamento, novas tecnologias na educação, finanças, saúde e esporte. Este é um festival feito por e para empreendedores hands on, para construir pontes e gerar negócios. Isso só foi possível porque contamos com o apoio de empreendedores e investidores – que são hoje as principais referências de empreendedorismo e tecnologia no país – que nos provocaram com o que é novo e com temas disruptivos”, comenta Kelly Cordes, idealizadora do blastU.
O evento contou com mais de 40 speakers, mais de 30 startups e cerca de 30 fornecedores. Entre os speakers e mentores, destacam-se Nicola Callichio, presidente da McKinsey para a América Latina; Thomaz Srougi, fundador do Dr. Consulta; Regina Chamma, head Latam do Google Play; Jean-Marc Etlin, head of Latin America da CVC Capital Partners; Thibaud Lecuyer, fundador da Dafiti; Sergio Chaia, coach de CEO´s e conselheiro de empresas; Santiago Fosatti, Principal da Kaszek Ventures; e Mario Malta, sócio da Advent International.
A organização do espaço com tendas favoreceu o clima de comunidade e incentivou as rodas de conversas informais. Espaços foram destinados para mentoria, networking, experiências de realidade ampliada e trocas culturais.
Alguns palestrantes convidados para o evento já são atores da agenda de impacto como Fernanda Camargo, da Wright Capital, e Thomaz Srougi, que apresentou as soluções do Dr. Consulta. O Quintessa, também participou do festival, apresentando seu portfólio de negócios acelerados e realizando uma oficina: como olhar para problemas sociais e identificar oportunidades de mercado.
Para saber mais, acesse blastu.com.