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Instituto Amani inicia expansão de programa sobre impacto social
Após três turmas concluídas em São Paulo, organização replicará metodologia em outros estados brasileiros e países vizinhos da América Latina.
Desenvolver e investir em profissionais que criam impacto social é a missão do Instituto Amani, fundado em 2011 no Quênia com aposta na criação de novos modelos de educação e formação. Com o objetivo de espalhar sua atuação pelo mundo em seu DNA, a instituição abriu as portas do “campus” Brasil em São Paulo dois anos depois e em 2017 chegou a Bangalore, na Índia. Agora, prepara uma nova etapa de expansão com a Formação de Impacto Social (FIS), um dos programas desenvolvidos pelo Instituto.
Julia Melo, gerente nacional do Amani no Brasil e egressa do Programa Internacional em Gestão de Inovação Social, explica que a chegada do instituto no país veio acompanhada da percepção de que o programa, apesar de ser de alta qualidade, possuía algumas barreiras, como o idioma. “Decidimos vir para São Paulo e começar uma pesquisa para entender as necessidades do mercado paulista em relação ao programa internacional, ministrado em inglês nos três continentes onde estamos presentes.”
A partir dessa investigação, chegou-se à Formação de Impacto Social (FIS): um programa mais curto, com menor carga horária, menor custo e ministrado em português. Entre seus objetivos está a capacitação de agentes de mudança em habilidades pessoais e ferramentais para que estejam aptos a resolver problemas complexos, além da democratização do acesso à metodologia Amani de ensino. “Nós inserimos no curso a metodologia do Instituto, que está muito relacionada ao aprender fazendo, com experiências ‘mão na massa’.”
Com duração de quatro meses, a formação é dividida em três blocos: uma imersão introdutória, desenvolvimento de projetos de impacto e a imersão final. “O FIS é composto por um currículo central, durante o qual vamos acompanhar os estudantes na construção de um projeto de impacto social.”
Para complementar essa jornada, são oferecidos seis cursos intensivos com facilitadores especialistas. Os temas são divididos em três pilares: “Eu Impactando”, mais voltado ao autoconhecimento e um trabalho interno de pessoas que desenvolvem carreiras de impacto social; “Ferramentas para Impactar”, como storytelling, advocacy, entre outras; e “Caminho para Impactar”, com pessoas que já percorrem esse caminho e que podem ensinar muita coisa. “Nós fazemos um mapeamento constante de parceiros, inclusive em outros países, que praticam habilidades e metodologias importantes para uma carreira de impacto social e convidamos essas pessoas para ensinar isso nas formações.”
Expansão do FIS
Depois de três turmas do FIS concluídas em São Paulo e uma em andamento, Julia explica que a equipe do Instituto começou a pensar novamente em meios de alcançar outros públicos e possibilitar que mais pessoas tenham acesso à metodologia Amani. “Nós queremos expandir para descentralizar geograficamente as oportunidades de uma formação como a que oferecemos. Sabemos que estamos em grandes centros e nos perguntamos como escalar uma metodologia educacional com qualidade. E a formação em São Paulo nos possibilitou encontrar uma forma flexível suficiente para aplicar o FIS em outras regiões”, afirma.
A resposta está no contato com parceiros locais. Para a expansão do programa, o Instituto Amani aposta na capacitação de agentes de mudança locais usando ferramentas de gestão, inovação social e liderança, para que possam gerar mais impacto em suas comunidades. “Não existe a chance de chegarmos no interior de Rondônia, por exemplo, e fazermos uma formação porque não conhecemos a realidade desse local. Por isso, precisamos de um ator da região que entenda esse contexto.”
Nesse sentido, os facilitadores locais ficam responsáveis pela condução dos três pilares (Eu impactando, Ferramentas e Caminhos para Impactar), enquanto o Amani cuida do currículo central, com as imersões introdutória e final e as mentorias entre elas.
Em 2018, o Instituto já havia realizado um teste da formação em Buenos Aires, para confirmar a demanda na Argentina. Para 2019, já estão programadas replicações em Manaus e Rio de Janeiro, e possivelmente em Recife. A Argentina também deve receber mais uma formação. Além desses locais, a organização também já tem contatos em outras cidades brasileiras, como Belém, Florianópolis e Curitiba, e tem avançado no continente para o Equador.
Como a vontade de fazer parcerias é sempre grande, Julia encoraja que pessoas interessadas em ser um parceiro local para desenvolver a formação entrem em contato com o Amani. “Nós buscamos parceiros que adaptem a metodologia para a realidade local e que façam a captação de alunos e facilitadores, enquanto nós entramos com a metodologia.”
Foto: Divulgação/Instituto Amani e Impact Hub São Paulo