This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Negócios de impacto socioambiental no Brasil – um livro para quem quer conhecer e participar do setor que reúne propósito e lucro.
Obra enfoca aspectos da jornada empreendedora no campo de impacto e aborda desafios e avanços do ecossistema no Brasil.
O Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) acaba de lançar o livro Negócios de impacto socioambiental no Brasil – Como empreender, financiar e apoiar. Resultado da parceria com os organizadores da obra – Edgard Barki, Graziella Comini e Haroldo Torres -, a publicação reúne mais 23 autores, entre empreendedores, aceleradores, investidores, acadêmicos, avaliadores de impacto e outros atores que, juntos, trilham o caminho entre o propósito e o impacto.
Editada pela FGV Editora com patrocínio de associados do ICE como parte das comemorações pelos 20 anos de criação do Instituto, a publicação foi lançada no dia 21 de novembro, em São Paulo.
Na abertura do evento, Bernardo Bonjean, associado ao ICE e fundador da fintech de microcrédito Avante, chamou atenção para o que considera o maior desafio do setor: escalar os negócios de impacto. “Temos, no Brasil, 48 milhões de residências sem saneamento, 11,3 milhões de analfabetos acima de 15 anos e apenas 36% dos alunos de escola pública entram na universidade. Só 9% dos empreendimentos de impacto conseguem ganhar escala no país. Precisamos avançar para encontrar um modelo sustentável que ajude a buscar soluções para as demandas sociais do nosso país”, observou o empreendedor.
“O livro nasceu de uma provocação do Barki e da Graziella sobre a importância de uma atualização sobre o estado do ecossistema de impacto no Brasil. E sempre soubemos que precisava ser um livro construído com muitas vozes do campo, que nos ajudassem a reunir conhecimento e reflexões baseadas na prática. Temos conquistas, mas sabemos que ainda há uma longa estrada pela frente”, contou Adriana Salles Mariano, gestora do Programa Academia do ICE.
A versão digital da publicação está disponível gratuitamente aqui.
O livro impresso custa R$ 59,00 e pode ser adquirido sob demanda no site da editora: https://editora.fgv.br/vitrine/sob-demanda
Por que ler? Com a palavra, os autores.
São muitos os assuntos abordados ao longo de 16 capítulos, distribuídos em cinco blocos temáticos – entre conteúdos de maior aprofundamento teórico e outros absolutamente voltados à prática. Temas como o papel do poder público, a jornada do empreendedor, avaliação e governança pontuam a obra.
Durante o lançamento, uma roda de conversa com os autores presentes proporcionou um aperitivo do conteúdo da obra. Confira alguns registros:
“Lembro-me de um livro lançado seis anos atrás com a mesma temática, mas em um momento completamente diferente. Se juntássemos todo mundo do ecossistema [da época] em um ônibus e o veículo quebrasse, acabava o campo. Hoje, observando o que aconteceu de 2013 para 2019, percebemos o quanto caminhamos. É importante ter perspectiva e o livro nos ajuda a construí-la.” – Edgar Barki, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Negócios (Fgvcenn) da FGV-EAESP e um dos organizadores do livro
“Pensamos a estruturação dos capítulos de forma que eles fossem sempre redigidos de maneira coletiva, com autores de perfis diferentes. Eles retratam muito o que é observado na prática. Estou feliz por poder compartilhar este trabalho com tanta gente.” – Graziella Comini, professora na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e uma das organizadoras do livro
“Vejo este livro como uma tentativa de trazer um pouco do olhar dos empreendedores para o campo. Relendo o livro depois de publicado, achei que existe também uma grande contribuição de acadêmicos e pessoas da prática. São diversos conteúdos que buscam responder à grande questão: como ganhar dinheiro e gerar impacto social?” – Haroldo Torres, cofundador da Din4mo e um dos organizadores do livro
“Precisa-se de todo um ecossistema para impulsionar um negócio de impacto. Nossa intenção foi construir didaticamente uma fotografia desse ecossistema, identificar os gargalos que impedem que haja mais empreendedores e capital direcionado a impacto e, por fim, tentamos apontar alguns caminhos que podem destravar esses gargalos.” – Diogo Quitério, gestor de programas do ICE (um dos autores do capítulo 2 – O ecossistema de fomento aos investimentos e negócios de impacto: rompendo fronteiras)
“Não existe impacto ou capital sem modelo de negócio. Nosso capítulo é sobre como colocar de pé um negócio e fazer com que ele se desenvolva. O ecossistema tem se ampliado. Olhar para cinco, sete anos atrás e ver essa evolução é fantástico, é um momento de celebração. Acho que o livro reflete essa diversidade de olhares nos aspectos reflexivos e também nas práticas.” – Marco Gorini, sócio-fundador da Din4mo (um dos autores do capítulo 6 – Encontrando um modelo de negócio e uma teoria de mudança)
“A contribuição que tentei trazer para o livro é uma mistura entre minha visão pessoal sobre o ecossistema com as sínteses que temos feito no Vivenda. Temos uma visão muito particular sobre como os negócios e o ecossistema precisam estruturar mercados por meio do relacionamento, seja com governo, indústria ou comunidade, para criar um ambiente para que o negócio possa escalar. Acreditamos que sem esse ambiente, os negócios não vão prosperar.” – Marcelo Coelho, um dos fundadores do Programa Vivenda (um dos autores do capítulo 7 – Entendendo o contexto: relação com diferentes stakeholders – governo, grandes corporações e comunidades)
“Hoje em dia há uma supervalorização e uma idealização do dinheiro, do venture capital e da escala e nós quisemos deixar claro que esse é apenas um dos modelos possíveis. Falamos sobre entender que tipo de negócio se quer ser para só depois buscar dinheiro, se o dinheiro for uma coisa necessária, tentando desmistificar e subverter um pouco essa lógica.” – Daniel Izzo, cofundador e CEO da Vox Capital (um dos autores do capítulo 9 – Buscando recursos financeiros)
“O capítulo “Negócios com impacto ambiental” traz o contexto de crise que estamos enfrentando no planeta e no Brasil. Também faz uma provocação sobre como problemas ambientais podem ser enfrentados com soluções sociais e vice-versa, como o meio ambiente pode ser integrado à construção dos negócios para trazer as soluções necessárias, trazendo também algumas das tendências e oportunidades que podem ser vislumbradas para negócios ambientais.” – Fernando Campos, analista de negócios e biodiversidade na Fundação Grupo Boticário (um dos autores do capítulo 12 – Negócios com impacto ambiental)
“Não é possível ter um negócio de impacto sem pensar na cadeia de colaboração entre fornecedores e na coerência e consistência entre instituições para construir essa rede. Esse é um desafio grande, tanto para corporações que querem construir cadeias de valor dentro de seus modelos de negócio, como também para um pequeno empreendimento.” – Sylmara Lopes, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo – USP (uma das autoras do capítulo 13 – Negócios de impacto: desafios para o desenvolvimento de cadeias de valor)
“Discutimos diversas abordagens da avaliação para tentar extrair ensinamentos, testar teorias de mudança, melhorar o negócio.” – Sérgio Lazzarini, professor do Insper (um dos autores do capítulo 14 – Avaliação de impacto social)
“Sem pessoas não existem negócios e um dos grandes desafios é estabelecer uma coerência em relação ao impacto que geramos diretamente no dia a dia na forma como cuidamos das pessoas. Outro desafio tem a ver com o engajamento. Os negócios de impacto têm uma vantagem em relação aos tradicionais nesse quesito que é o propósito. Mas a vida vai impondo uma série de questões e necessidades que, no longo prazo, exige dos negócios respostas para manter as pessoas engajadas. O desenvolvimento das pessoas também é um desafio, que exige um processo de aprendizado contínuo e acelerado que resultem em negócios mais eficientes com geração de maior impacto.” – Mauro Romano, professor e Sócio-Diretor da Geekie(um dos autores do capítulo 15 – Negócios de impacto: reinventando a forma de gerir pessoas)