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Ashoka Commons Brasil promove empreendedorismo e inovação entre comunidades acadêmicas do país
Turma contemplada pela iniciativa do ICE em parceria com Ashoka U entra na reta final de implementação dos planos de ação desenhados em 2019 .
As sete escolas selecionadas para participar da edição especial do Ashoka Commons no Brasil já chegaram à etapa de implementação de seus planos de ação.
A iniciativa nasceu em 2018 com a aproximação do ICE com a Ashoka U – iniciativa da rede global de empreendedores sociais Ashoka voltada a Instituições de Ensino Superior (IES).
“Tudo começou com minha participação, junto com dois professores, no Ashoka U Exchange, que, naquele ano, ocorreu em Boston, nos Estados Unidos. Ficamos bastante impressionados ao ver o número de universidades americanas e canadenses engajadas com a agenda de promoção do empreendedorismo social”, conta Adriana Mariano, gestora de programas do ICE.
Durante o evento, que reuniu cerca de 800 pessoas, a gestora conta que, juntamente com os professores brasileiros, se reuniu com um grupo de representantes latino-americanos. “Ficamos bastante impactados com o engajamento do grupo, mas, ao mesmo tempo, incomodados com a ausência do Brasil na rede. Assim, nasceu a primeira edição brasileira do Ashoka Commons”, lembra.
O Programa
O Ashoka Commons é um programa da Ashoka U, cujo objetivo é conectar e preparar grupos de acadêmicos e profissionais de IES para fortalecer o desenvolvimento da formação de agentes internos de mudança e da educação para a inovação social. A iniciativa envolve um grupo de professores por escola e tem como resultado, após um processo de formação e acompanhamento técnico, a entrega de um plano de trabalho a ser implementado pelas entidades.
Os planos seguem três tipos de trilhas temáticas: 1) Melhorar o contexto institucional para a Inovação Social; 2) Criar Cursos de Inovação Social; e 3) Desenhar programas extracurriculares de Empreendedorismo e Inovação Social.
Em 2018, três escolas brasileiras participaram pela primeira vez da edição latino-americana com o apoio do ICE. No ano passado, sete escolas, das cinco regiões do país, foram selecionadas para participar da edição brasileira. Quatro delas tiveram sua participação subsidiada pelo ICE, com apoios que variaram de 50% a 100%.
“Somos gratos à Ashoka U pela parceria que construímos ao longo dos últimos anos e pela compreensão e acolhimento de todas as particularidades da realidade acadêmica brasileira”, observa Adriana.
Sobre diferenças importantes em relação à edição latino-americana, a gestora destaca um acompanhamento mais próximo aos grupos por parte da consultoria local; a extensão do prazo de duração do programa de quatro para sete meses, incluindo uma etapa de acompanhamento prévia à implementação dos planos (em curso durante o primeiro semestre de 2020); e a tradução de parte do material para o português, com apoio da Unicap.
Participantes destacam metodologia “mão na massa” e conexões com atores estratégicos como diferenciais do programa
A primeira edição brasileira do programa conta com escolas das cinco regiões do país. As instituições e seus respectivos projetos são:
- Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos): Criação de um Laboratório de Inovação Social
- Centro Universitário do Distrito Federal (UDF): Criação de um Laboratório de Inovação Social
- Universidade Federal do Pará (UFPA): Mapeamento das atividades de pesquisa, docência e extensão em Inovação Social
- Universidade Católica de Pernambuco (Unicap): Montar uma plataforma de Inovação Social para a Extensão, para apoiar inclusive a curricularização da extensão
- Universidade da Região de Joinville (Univille): Institucionalização da Inovação Social
- Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ): Criação de um curso de extensão e em longo prazo contribuir para a institucionalização da Inovação Social na IES
- Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP): Disseminação do empreendedorismo social em escolas técnicas no estado de São Paulo
Para Gabriel Cardoso, coordenador dos programas de Educação Empreendedora e Inovação Social do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), sua participação viabilizou uma conexão para a aprendizagem com uma das maiores redes de inovação e empreendedorismo social em universidades do mundo: a Ashoka U. “Tem sido uma oportunidade de institucionalizar a inovação social em nossa instituição por meio de um programa ‘mão na massa’ sustentado pelo estado da arte na matéria”, observa.
Segundo o coordenador, o plano de trabalho desenvolvido para a escola, o UP Social UDF – um laboratório de inovação social que utilizará a curricularização da extensão universitária para co-criar produtos, processos, serviços e conhecimentos socialmente inovadores a fim de impactar positivamente a comunidade -, “trará uma dinâmica nova para a comunidade acadêmica, integrando-a ainda mais ao ecossistema local e gerando possibilidades para estudantes, professores e colaboradores se envolverem em programas, projetos e ações que visem enfrentar ‘dores sociais’ da região”.
Por sua vez, Aurélia de Melo, professora da Escola de Gestão e Negócios (EGN) e coordenadora do Pós-MBA em Gestão da Inovação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), menciona como ponto forte do programa o contato mais aprofundado com a discussão sobre inovação social e com atores importantes e estratégicos no que tange à prática nesse campo. “Foi bem interessante conhecer a realidade de outras instituições no que se refere à inserção da temática da inovação em seus currículos e nas atividades de Extensão. E participar desse projeto também contribui para dinamizar e mobilizar atores dentro da minha instituição”, comemora.
Todos os participantes da segunda edição do Ashoka Commons Brasil serão convidados a apresentar os resultados de suas escolas no Encontro Nacional do Programa Academia ICE 2020, que acontecerá junto com o Fórum de Investimentos e Negócios de Impacto, previsto para novembro deste ano. Durante o evento, também será lançado um novo edital, que abrirá oportunidade para a participação de novas escolas na segunda edição do Commons Brasil.
“O que nos une é a crença de que as universidades latino-americanas devem entrar nessa agenda não apenas replicando modelos existentes, mas criando a partir de suas realidades os caminhos possíveis para a construção de universidades que possam ser agentes de mudança socioambiental e contribuir de fato para a superação das desigualdades, da pobreza e dos desafios ambientais que impactam a todos”, reforça Adriana Mariano, gestora do Programa Academia ICE.