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Aumento da oferta de capital para impacto demanda ativos financeiros e profissionais capacitados
Programas Rede Academia ICE e ICE Investimentos de Impacto trabalham juntos em iniciativas que potencializam novo momento no ecossistema.
Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apostou em uma chamada pública para selecionar três fundos de investimento de impacto socioambiental. A previsão é que a iniciativa catalise cerca de R$ 800 milhões, entre recursos do BNDES e de outros investidores, para negócios em setores como gestão de resíduos, moradia, acessibilidade digital, meio ambiente, transporte, recursos hídricos, saneamento básico e educação.
A ação inédita é considerada um marco importante porque abre uma janela de oportunidade para a ampliação e diversificação da oferta de capital voltado a negócios de impacto
“De forma crescente, temos visto instituições financeiras olhando para o tema de impacto e incorporando produtos financeiros de impacto e ESG. Essas instituições têm um papel fundamental de pensar, estruturar e distribuir produtos financeiros de impacto, além de ‘convencer’ suas bases de clientes para impacto com informação e formação, ajudado muito na disseminação do tema de forma mais abrangente”, afirma Beto Scretas, consultor do ICE.
Mais capital demanda mais formação
A visão do ICE e da Aliança pelo Impacto de aumento da oferta de capital para impacto passa, necessariamente, pelo fortalecimento de ativos financeiros, como os fundos de investimento, mas não só. A gestão desses recursos nos próximos anos – tanto no setor privado, quanto no setor público – dependerá de profissionais das áreas financeira e econômica capacitados para trabalhar com o conceito de impacto.
A demanda dialoga diretamente com uma das metas do Programa Academia ICE: ampliar e diversificar a Rede de Professores para entrada de mais docentes das áreas financeira e econômica com o objetivo de incluir conceitos de investimentos e negócios de impacto na formação de futuros profissionais.
Adriana Mariano, coordenadora do Programa Academia ICE, explica que embora a Rede possua, atualmente, mais de 140 professores, de 70 Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil, ainda são poucos os docentes levando finanças sociais e investimentos de impacto para as salas de aula.
“Para ampliar o número de professores falando sobre aspectos financeiros do impacto e apoiá-los nessa trajetória, estamos trabalhando em parceria com o Programa ICE Investimentos e com o Impact & Sustainable Finance Faculty Consortium na realização do Ciclo Academia ICE Investimentos de Impacto”, explica a coordenadora.
Adriana explica que o Ciclo consiste em uma série de quatro encontros, iniciados em agosto de 2021 e previstos até maio de 2022, com o objetivo de dar visibilidade à agenda de impacto e trazer experiências concretas de ensino para inspirar e instigar os participantes.
No primeiro workshop, realizado em agosto, a iniciativa contou com a presença da professora Megan Kashner, da Kellogg Northwestern, e do professor Scott Taitel, da New York University, falando sobre Práticas de Ensino em Investimento de Impacto. No segundo webinar, em outubro, foi a vez de Tatiana Assali, gerente da Sitawi Finanças do Bem, e Sanjay Lanka, professora na Fundação Getúlio Vargas, abordarem a agenda ESG e de Investimentos de Impacto.
Dois encontros encerrarão o Ciclo no primeiro semestre de 2022 e antecederão a participação de alguns professores brasileiros no Convening, evento anual do Impact & Sustainable Finance Faculty Consortium.
“Nosso compromisso em ampliar essa agenda da academia envolve ainda a integração de mais professores de Finanças e Contabilidade na Rede Academia ICE”, explica Adriana.
Trocas valiosas entre professores
Andrea Minardi, professora senior research fellow do Insper e membro da Rede de Professores Academia ICE, é uma das docentes da Rede que participam do Impact & Sustainable Finance Faculty Consortium, comunidade de educadores das áreas de Investimento de Impacto e Finanças Sustentáveis que reúne 255 membros, de 125 universidades, em 28 países.
Para a docente, o momento atual é propício para a expansão da agenda de inovação e impacto.
“Vivemos em um mundo de transformação digital e, cada vez mais, investidores, empresas e governos buscam soluções que aumentem a sustentabilidade. É uma época muito rica para empreender, sobretudo em teses de impacto socioambiental. Um exemplo é a demanda cada vez maior por negócios de economia circular, de inclusão financeira e digital e de barateamento e aumento do acesso à saúde de qualidade e de ferramentas de e-learning”, observa.
Andrea ressalta ainda a importância do apoio por parte do ecossistema de impacto aos professores que atuam na agenda e de espaços como o Impact & Sustainable Finance Faculty Consortium e o Ciclo Academia ICE Investimentos de Impacto, que geram trocas de experiências, debates, reflexões, parcerias de pesquisa e ampliam o escopo de atuação dos professores, permitindo que vislumbrem mais oportunidades, tenham acesso a mais materiais de ensino e inovem nos cursos.
“Um ambiente colaborativo é muito importante para a troca de casos que podem ser explorados em sala de aula, oportunidades de pesquisas e estudos de casos. Esse ambiente propicia debates que trazem reflexões sobre os desafios atuais, que não são triviais, na formação e aumento do interesse de pessoas que farão parte do ecossistema de impacto e que colaborarão melhor com seu desenvolvimento.”