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Uma semana de aprendizados e conexões em inovação, filantropia e tecnologia
O ICE, representado pela diretora-presidente Luiza Nascimento e pela vice-diretora Carol Velasco, participou do Global Philanthropy Forum 2025, que também contou com a presença das associadas Isabela Pascoal Becker e Marcella Barros Coelho.
O evento abordou temas essenciais para o futuro da filantropia global, com destaque para novas abordagens, desafios e oportunidades.
Aproveitando a ocasião do GPF, participamos de reuniões em Stanford e em Palo Alto, conduzidas pela conselheira do ICE Isabela Pascoal Becker e por nossos parceiros Claudio Sassaki e Maure Pessanha. Também estivemos presentes em encontros da learning journey, com curadoria da consultora Daniela Nascimento Fainberg.
Foi uma semana intensa e enriquecedora — impressiona como o ambiente respira inovação e tecnologia.
“Esses encontros nos permitem acompanhar as principais tendências e identificar como nossos valores e estratégias estão alinhados com as inovações do setor”, comenta Carol Velasco.
Durante o evento, reafirmamos a importância de uma filantropia colaborativa, que transcende fronteiras e promove impacto positivo de maneira coletiva. Trocamos experiências e ouvimos reflexões sobre princípios que consideramos fundamentais no ICE, como a filantropia baseada na confiança, o impacto coletivo e a busca por mudanças sistêmicas.
Em uma das sessões, Luiza Nascimento, representando o ICE, participou de um diálogo com Deval Sanghavi, da organização indiana DASRA. Ambas as instituições atuam como orquestradoras de ecossistemas de impacto e evidenciaram a potência do Sul Global durante a mesa “Building Ecosystems: How regional leaders are shaping the future of global philanthropy”.
Luiza destacou que o ICE tem desenvolvido, nos últimos anos, iniciativas estruturadas a partir de uma abordagem sistêmica para resolução de problemas sociais e ambientais complexos. Entre as características centrais dessa atuação, estão a governança compartilhada, a escuta ativa e o compromisso de longo prazo. Esses princípios fortalecem redes colaborativas e impulsionam o desenvolvimento de soluções inovadoras.
“Participar de eventos como esse é uma oportunidade valiosa de conexão com o debate global, além de aproximar o ICE de parceiros internacionais e brasileiros presentes na programação em San Francisco”, afirma Isa Pascoal.
Em um exercício colaborativo Carol Velasco, Isa Pascoal, Luiza Nascimento e Marcella Coelho destacaram alguns aprendizados e reflexões:
- Filantropia como Capital Catalítico Em uma combinação de diferentes fontes de capital, a filantropia tem um papel essencial como capital de risco para impulsionar inovações e preencher lacunas sistêmicas. Com apetite para assumir riscos, pode viabilizar o crescimento de iniciativas e atrair novos investimentos, criando um ambiente propício para a escalabilidade das soluções.
- Impact Investing O investimento de impacto pode ser feito por meio de diversos instrumentos — como capital concessional, first loss e equity em negócios de impacto —, direcionando recursos para modelos sustentáveis com foco no impacto positivo.
- Democratização do Acesso à Tecnologia A filantropia deve promover a democratização do acesso à IA nas organizações para otimizar processos e ampliar a eficiência, ao mesmo tempo em que investe em tecnologias para atender às reais necessidades das comunidades.
- Inteligência Artificial e Educação A IA pode otimizar processos educacionais, mas não substituirá o papel fundamental dos professores. No entanto, o acesso desigual à tecnologia permanece um desafio a ser superado para garantir uma educação inclusiva e equitativa.
- Filantropia Intergeracional Incluir crianças nas conversas intergeracionais, além do diálogo de adulto para adulto, é essencial para formar futuros líderes comprometidos com a transformação social. Uma mesa com family offices destacou a importância de discutir finanças e propósito desde cedo, formando uma geração mais engajada e consciente.
- Conexão com Empreendedores Sociais Investidores que acompanham de perto a jornada de empreendedores fortalecem as iniciativas, criam laços de confiança e contribuem para o sucesso e a sustentabilidade dos projetos apoiados. Observamos em vários modelos de fellowship.
- Escuta Ativa e Filantropia Baseada na Confiança Mais do que definir o destino dos recursos, a filantropia deve ouvir e valorizar quem está na ponta. A atuação em rede, com relações horizontais e menos burocracia, amplia o impacto real e fortalece o protagonismo das comunidades. Redes são valiosas
- Desafios da Sustentabilidade e a Conjuntura Política Diante da ameaça de cortes em investimentos sociais e ambientais, os palestrantes reforçaram a urgência de uma atuação conjunta e estratégica da filantropia em defesa dos direitos humanos e da democracia.
Voltamos ainda mais motivadas a seguir firmes no propósito de fortalecer essa abordagem colaborativa, estreitar parcerias e impulsionar soluções transformadoras que gerem impacto positivo para a sociedade e o meio ambiente.
Para concluir, deixamos uma provocação feita por Matt Bannick, ex-CEO da Omidyar Network, que compartilhou uma pergunta que passou a guiá-lo em seus projetos:
“Qual é a sua adicionalidade de impacto positivo nos projetos dos quais faz parte?”