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Fórum anuncia as vencedoras do Desafio Incubação e Aceleração de Impacto e debate o enorme potencial dessas organizações
Durante o Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto, realizado em São Paulo (SP), nos dias 3 e 4 de agosto, foram anunciadas as cinco incubadoras vencedoras do Desafio de Incubação e Aceleração de Impacto, que apresentaram as melhores propostas de planos de ação para incluir negócios de impacto social e ambiental em seu portfólio. As vencedoras são: Centro de Empreendimentos em Informática da UFRGS; Unitec – Unidade de Inovação e Tecnologia da Unisinos; Incubadora Santos Dumont/Parque Tecnológico Itaipú Brasil, Incubadora de Empresas de Base Tecnológica Centev/UFV e Inova Sorocaba / Hubiz Inovação e Negócios (SP).
As vencedoras receberão R$ 25 mil para a execução do plano de ação de inclusão de negócios de impacto em seu portfólio, além de mentoria e vouchers em serviços do Sebrae voltados aos empreendedores sociais incubados.
A iniciativa integra o Programa de Aceleração e Incubação de Impacto, que tem o objetivo de apoiar aceleradoras e incubadoras dispostas a ampliar ou fortalecer sua estratégia de inclusão de negócios de impacto social. O Programa é promovido pelo ICE, Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) e Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, com apoio da Fundação Telefônica Vivo (mais informações sobre as vencedoras ao final do texto).
Os desafios do financiamento e da gestão
As incubadoras e aceleradoras têm enorme potencial para influenciar a agenda empreendedora do país e, quanto mais comprometidas estiverem com a resolução de questões sociais e ambientais, maior será o número de negócios de impacto socioambiental em operação no Brasil.
O papel dessas organizações intermediárias foi colocado em debate na sessão paralela Incubação e Aceleração de Impacto, realizada no dia 4 de agosto durante o Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto – Investir para Transformar (http://www.investirparatransformar.org.br/), da qual participaram Anna Aranha, gestora do Instituto Quintessa, que atua na aceleração de negócios de impacto com foco na profissionalização da gestão; Rodrigo Villar, sócio-fundador da New Ventures, organização que catalisa o crescimento de empresas verdes e sociais, tendo como suporte o braço de financiamento Adobe Capital; Sheila Pires, superintendente-executiva da Anprotec, associação que reúne incubadoras de empresas, parques tecnológicos, instituições de ensino e pesquisa, órgãos públicos e outras entidades ligadas ao empreendedorismo; e Fernanda Bombardi, gerente-executiva do ICE, que foi a moderadora da sessão.
A sessão se destacou pelo espírito de colaboração que caracteriza o setor. Entre os participantes, o consenso foi de que negócios de impacto já geram impactos importantes na economia, como empregos qualificados e circulação de recursos financeiros. Na maior parte das vezes, contudo, precisam de apoio na profissionalização da sua gestão ou contato com investidores para ampliar a geração de impacto social. “Existem muitos modelos de ajuda e apoio para incubar ou acelerar negócios, mas muitos encontram o limite no financiamento”, comentou Rodrigo Villar, da New Ventures.
O Instituto Quintessa trabalha com empresas já existentes, e que enfrentam desafios na profissionalização da gestão para o crescimento do negócio. “Nós fazemos a ponte com potenciais investidores e parceiros. Com base no diagnóstico, montamos um plano de aceleração personalizado para cada negócio”, explicou Anna Aranha.
Sheila Pires, da Anprotec, destacou que os programas de incubação que apresentam os melhores resultados compartilham práticas de gestão eficazes. “Há uma cobrança muito grande para que as incubadoras sejam sustentáveis, que tenham capacidade de gerar receita. As incubadoras têm o propósito de gerar um empreendimento com foco em desenvolvimento social, mas nem sempre têm condições de pagar a conta no total”, diz Sheila.
O Estudo de Impacto Econômico – Segmento de Incubadoras de Empresas no Brasil, realizado pela Anprotec e Sebrae e executado pela FGV, analisou os empreendimentos gerados e seus impactos econômicos. Os dados levantados indicam a existência de 369 incubadoras de empresas em todo o Brasil, que reúnem cerca de 2.310 empresas incubadas e 2.815 empresas graduadas. “O conjunto de empresas incubadas e graduadas – a maioria de base tecnológica – gera hoje cerca de 53 mil empregos diretos, com carteira assinada, e um faturamento que ultrapassa os R$ 15 bilhões”, afirmou Sheila.
Ela considera importante “olhar para empreendimentos que hoje estão nas incubadoras de base tecnológica e identificar o seu potencial de impacto social. As equipes das incubadoras precisarão aprender melhor a linguagem do negócio de impacto social e entender o impacto que o negócio pode gerar”. Sheila acredita que muitos negócios considerados “tradicionais” na verdade já constituem negócio de impacto social, “mas não se deram conta disso”, o que exige uma adequação a essa linguagem e metodologia.
Conheça as vencedoras do Desafio de Incubação e Aceleração de Impacto
Incubadora de Empresas de Base Tecnológica Centev/UFV (MG)
A Centev atua em Viçosa (MG) e região, oferecendo assessorias gerenciais e técnicas, mecanismos de apoio à inovação e cooperação tecnológica, orientação para a captação de recursos e tecnologias de gestão, bem como coloca à disposição dos empreendedores, de forma compartilhada, uma infraestrutura para desenvolvimento de suas atividades. Resultados: 90 empresas incubadas, 450 empregos gerados pelas empresas em uma cidade de 72.000 habitantes. Faturamento de R$ 13,4 milhões de reais gerados pelas empresas no ano de 2014.
Centro de Empreendimentos em Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEI – UFRGS, RS)
Desde 1996, incentiva a criação e o desenvolvimento de empresas nas áreas de tecnologia da informação e comunicação. O CEI foi a primeira incubadora de tecnologia fundada no sul do Brasil e é considerado modelo de referência pelas agências brasileiras de avaliação. Já incubou/acelerou mais de 56 novas empresas de TI. As empresas que estão atualmente no processo de incubação do CEI geram 33 postos de trabalho e faturaram R$ 360 milhões em 2015.
Incubadora Santos Dumont/Parque Tecnológico Itaipu (PR)
A Incubadora Empresarial Santos Dumont oferece suporte gerencial a novas empresas nos setores de água, energia, turismo, tecnologia da informação e comunicação, gestão e mobilidade. Facilita a interação com o meio empresarial, científico, tecnológico e financeiro, para ajudar a sua inserção, crescimento e consolidação no mercado. Desde 2006, registra os seguintes resultados: projetos atendidos, 211; empresas geradas, 68; empresas graduadas, 8; produtos e serviços, 384; faturamento, R$ 31 milhões; postos de trabalho, 966;
Inova Sorocaba / Hubiz Inovação e Negócios (SP)
A Agência de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba – Inova Sorocaba foi criada em 2007, com o objetivo de articular parcerias e projetos inovadores para o Parque Tecnológico de Sorocaba. A incubadora Hubiz Inovação e Negócios é uma entidade de apoio à criação de negócios de alto impacto e inovação tecnológica de classe global, focada em preparar as empresas iniciantes a ingressar competitivamente no mercado, potencializando assim suas oportunidades de sucesso. A incubadora já recebeu cerca de 70 projetos de incubação, dos quais 27 se graduaram e 18 continuam incubados. As empresas incubadas faturaram R$ 1,5 milhão em 2015.
UNITEC – Unidade de Inovação e Tecnologia da Unisinos (RS)
Criada em 1998, a Unidade de Inovação e Tecnologia da Unisinos estimula, planeja e realiza inovações tecnológicas, fomentando o conhecimento gerado na Universidade e integrando-o às empresas, por meio de pesquisa aplicada. Também potencializa o estabelecimento de parcerias estratégicas (internas e externas) para a instalação e o fortalecimento do empreendedorismo inovador, com base no desenvolvimento sustentável. Recebe empresas interessadas em cinco áreas: tecnologia da informação; automação e engenharias; comunicação e convergência digital; tecnologias para a saúde; energias renováveis e tecnologias socioambientais. Possui atualmente 25 empresas incubadas.